14 de janeiro de 2014

Resposta a Gregorio Duvivier (Porta dos Fundos) - Caso Dom Odilo Scherer


Eu estava evitando tocar no assunto do vídeo tosco do Porta dos Fundos por diversas razões que agora não vem ao caso. Decidi não me calar mais pois vejo que esse assunto já passou do limite. Agora, entrei na briga pois esses palhaços (no sentido pejorativo) estão começando a se perder do limite do “humor de péssimo mau gosto” para de fato uma contribuição para a Cristofobia.

Mais uma vez o pessoal do Porta dos Fundos está procurando confusão. Sim, o “humorista” Gregorio Duvivier veio em sua coluna no site da Folha de São Paulo responder 144 caracteres do Arcebispo de São Paulo Dom Odilo Scherer. Engraçado um babaca desses, que está na mídia, que faz humor que DE QUALQUER FORMA VAI RECEBER CRÍTICA, por qualquer coisa que faça, se sinta ofendido com críticas, ainda mais quando o propósito (como ele mesmo confessou, juntamente com o Fábio Porchat).

Isso só me leva a crer que eles perceberam que passaram do ponto e agora estão querendo consertar sua merda na marra, jogando sua merda no ventilador e destilando seus reais objetivos anticristãos, alinhadinho com a porca doutrina que injetaram no pinico que eles têm na cabeça.

Irei fazer uma série de umas publicações. Elas não serão necessariamente em ordem cronológica do acontecimento dos fatos. Nessa primeira publico uma EXCELENTE RESPOSTA ao Gregorio Duvivier (Porta dos Fundos) que Estevan Gracia Gonçalves publicou num Grupo do Facebook, justamente por não ter como fazer comentários no site da Folha.

Ia "quebrar" respostas "ponto a ponto", mas o texto ficou muito grande, então decidi colocar apenas a resposta do Estevan. Para ver o que o Gregorio Duvivier vomitou, acesse este link.

RESPOSTA A GREGORIO DUVIVIER do Porta dos Fundos

Sobre o porta dos fundos:

Gregório Duvivier do Porta dos Fundos é um ignorante. E um ignorante persistente. Para responder ao Arcebispo de São Paulo, que afirmou ser a peça de Natal do grupo Porta dos Fundos de “péssimo mau gosto”, criticou-lhe o pleonasmo e repetiu clichês contra a Igreja.

Gregório, seu menininho mau... o pleonasmo usado pelo Arcebispo foi uma maneira elegante utilizada para deixar claro que o simples termo “mau gosto” não traduz satisfatoriamente o que foi aquilo que vocês produziram por ocasião do Natal. Certamente qualquer termo mais adequado soaria ofensivo demais e, ao contrário de vocês – que ganham dinheiro ofendendo os outros – ele não é dado a baixarias.

No mais, os clichês citados por Duvivier só demonstram o que estamos fartos de saber. No que diz respeito às suas opiniões sobre a Igreja, ele é preconceituoso, agressivo e raso. Raso, porque citar Giordano Bruno e Galileu Galilei é quase como passar todos os sábados repetindo bordões no Zorra Total. Aquilo não é humor tanto quanto as referências dele não são história.

Galileu Galilei não foi julgado por conta da sua peça humorística nem por conta de sua teoria científica. Nem tampouco pelo Sistema de Copérnico, que ele defendeu. Galileu foi julgado por tentar transportar sua teoria científica para o campo teológico. Se é uma temeridade transpor a teologia para a ciência, o mesmo se diz quando o contrário ocorre. Galileu Galilei continuou praticando ciência até o fim da sua vida, a soldo da Igreja. Amigo pessoal do Papa, recebeu os sacramentos por ocasião de sua morte, a benção papal e a ingulgência plenária.

Giordano Bruno não morreu porque achava que o universo era infinito. Giordano Bruno morreu porque era um adversário furioso da Igreja. Ele foi condenado por sua beligerância contra a Igreja Católica que incluía, entre outras coisas, o livro “A expulsão da Besta Triunfante”, um ataque direto à Igreja. Foram oito acusações feitas contra ele e nenhuma envolvendo suas teorias pseudo-científicas. Pseudo-ciência porque sabemos, hoje, que o universo não é infinito, não é mesmo? E porque antes de crer que suas considerações eram científicas, Giordano Bruno encaixava seus pensamentos em uma linha filosófica esotérica.

Ah sim, Giordano Bruno foi queimado na fogueira. Discuta com Jacques Le Goff, com Georges Duby e outros historiadores o que eles acham do julgamento anacrônico dos fatos históricos. Duvivier também não está interessado em rigor histórico. O que ele faz não é novo. É a boa e velha detração que já existe há uns 200 anos contra a Igreja. Ele bem que poderia lembrar das forcas de Robespierre, que talvez ele até admire. Ele tem Giordano Bruno. Eu cito pelo menos 35 mil religiosos no cadafalso da deusa razão.

Mas é claro, Duvivier não está interessado em história. Está interessado em palavrório, polêmica e fazer a defesa de seu ganha-pão – o Porta dos Fundos. Aquele de “péssimo mau gosto”.

Em seguida, o cômico – mais pela sua aparência do que pela sua veia artística – desvela outros clichês jogados ao vento sem o mínimo rigor e que já cansou:

A Igreja não ordena mulheres - é verdade, mas elas ocupam espaço central na Igreja a começar pelo modelo de humanidade - Maria. A Igreja não ordena mulheres pelo simples fato de que Jesus não o fez e, a despeito de estar rodeado de mulheres - protagonistas, inclusive - deixou o serviço (de servo = escravo) para os homens. Se Jesus não o fez, a Igreja não o fará. Mas sempre haverá mulheres entre os protagonistas da Igreja como sempre houve.

A Igreja admite a contracepção. Mas os métodos naturais. Ela não se alinha ao comércio da concepção e à banalização do sexo. Aos graves transtornos que os contraceptivos produzem a nível hormonal nas mulheres e na redução da dimensão que o sexo tem na vida do homem.

A Igreja nunca vai admitir a cultura da morte. Aborto é crime contra um ser humano indefeso. O anencéfalo é o mais indefeso dentre todos. E o bebê que resulta do estupro é vítima como a mãe e não uma emulação do estuprador. Matá-lo no ventre da mãe é vitimá-lo duas vezes e fazer da mãe, vítima de um culpado e algoz de um inocente. Matar no ventre é tão criminoso quanto matar na próxima esquina.

A Igreja não considera pecado o "amor entre pessoas do mesmo sexo", mas o ato sexual entre pessoas do mesmo sexo. Descolar a palavra "amor" do seu sentido correto e transportá-lo para o mundo da sexualidade é um jogo de palavras muito em voga. O termo sexo vem de "secta", parte. O ser humano é o resultado da união dessas partes, homem e mulher. Essas partes se unem pelos seus órgãos genitais. Genitais de gênesis = origem. É de onde principia a vida. A Igreja acredita nesse princípio da sexualidade humana. Gregório, quem é o intransigente? Você, que exige da Igreja que pense diferente, ou a Igreja, que mantém sua postura mas não exige de você mudança alguma?

Duvivier é raso. Duvivier é tão patético quanto o olhar que faz ao representar. Mas ele tem o direito de sê-lo. Só não entendo como pagam para esse indivíduo existir profissionalmente e ter até uma coluna na Folha. Realmente não entendo.

Estevan Gracia Gonçalves

A resposta ao Porta dos Fundos (Gregorio Duvivier, Fábio Porchat e etc) não vai parar por aqui. Em breve farei outra publicação. E, recordo aos irmão evangélicos (protestantes) que essa briga que o Porta dos Fundos comprou não é apenas dos católicos.

MAIS ALGUNS LINKS


Mais alguns links com belas respostas ao bobo da corte que atende pelo nome de Gregorio Duvivier. A medida que for aparecendo mais, vou adicionando aqui, inclusive as postagens que farei daqui pra frente.

- Gregório Duvivier, um palhaço! (Fratresinunum)
- Gregório Duvivier mostra como é ser especialista em estupidez, mais uma vez (Logos Apologética)
- Resposta católica a Gregório Duvivier (Escolástica da Depressão)
Tentando Entender o Jogo - Especial de Natal do Porta dos Fundos e o Direito de se Manifestar (Moral Brasileira)



9 comentários:

  1. Parei de ler em "Galileu foi julgado por tentar transportar sua teoria científica para o campo teológico."
    Não seja ignorante. Galileu nunca tentou transportar uma teoria científica paro o campo teológico, mas o campo teológico era o próprio campo científico. A Igreja, á época, dominava a cultura e o pensamento de todos, e tudo que fosse contra o sistema perfeito que a intuição pregasse seria heresia. Isso é um tipo de etnocentrismo, o mesmo que fez a Igreja europeia destruir civilizações inteiras (coitado dos Astecas) por se colocar em um patamar acima de tudo que era diferente.
    Hoje muitos cristãos criticam Hitler ou os muçulmanos, mas isso não passa de uma hipocrisia barata e ignorância história egocêntrica.
    O humor pode brincar com a política, com os homossexuais, com as crianças, mas brincar com a intocável Igreja não pode. Isso me faz entender porque a Igreja Católica apoiou o gole militar de 1964 no Brasil, tudo uma questão de censura para manter a população alienada e dentro da linha da moral eurocêntrica.
    Não se pode dizer que é moralmente correto ser heterossexual ou moralmente incorreto ser homossexual. Esses são conceitos eurocêntricos cristãos. A moral deve ser leiga (laica) e independer de religiosidade.
    O humor deve ser livre. No mais, se você não gostou do vídeo basta fechar o seu navegador. Diferente da televisão, só vai assistir o vídeo quem quiser.

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    Respostas
    1. Permita-me discordar. Você comete grandes falácias, ou ao menos creio que não consegue fundamentar muito do que disse. "
      "...e tudo que fosse contra o sistema perfeito que a intuição pregasse seria heresia."
      Primeiro, a dita "heresia" era uma sentença dirigida tão somente aos CATÓLICOS, e a abrangência do seu discurso, dizendo que "tudo o que fosse contra a Igreja" seria heresia, mostra que você não sabe mesmo o que é heresia, nem muito menos apostasia.
      Quais são as "civilizações inteiras" que a Igreja destruiu? Aposto que deve estar entre os que imaginam que a Igreja dizia que os negros ou índios não tinham alma. Esta mentira deslavada já foi erradicada, caso não saiba. Leia a Bula de Paulo III. "Por se colocar acima de tudo o que era diferente"...? A imprecisão dessa fala praticamente impede qualquer tentativa de refutação - ou melhor, de diálogo.

      Estes cristãos que criticam Hitler e os demais "podem" ser hipócritas por questões pessoais, mas, no tocante à Igreja, estão montados na razão. Sabe quantas pessoas Pio XII salvou do Holocausto, sendo depois covardemente chamado de "o papa de Hitler", fruto de uma peça teatral, produzida por Rolf Hochhuth, no ano de 1963, de nome "O Vigário" (Der Stellvertreter, em alemão), e dessa mentira elevada ao ápice, com o livro "O papa de Hitler", do Cornwell. Hoje, sabe-se com clareza que esta difamação foi arquitetada pela KGB. A ação de Eugenio Pacelli contra o nazismo começa ainda no pontificado de Pio XI, quando ele era secretário do Estado do Vaticano. Em 1937, foi ele quem escreveu grande parte da famosa encíclica Mit Brennender Sorge ("Com ardente preocupação"), condenando os erros do nazismo. Em 1937, foi ele quem escreveu grande parte da famosa encíclica Mit Brennender Sorge ("Com ardente preocupação"), condenando os erros do nazismo. "Naquele tempo, Pio XI estava gravemente doente e lembro-me de [que] ele reteve o texto de Pacelli durante dois dias, corrigindo-o só levemente e assinando-o, depois. Portanto, esta encíclica que mostrava o verdadeiro rosto do nazismo, foi obra do cardeal Pacelli". Ignorância histórica? Tá bom...

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    2. Quando se vai falar da Igreja, sempre se faz dessa forma. Não há novidades. Por acaso, quando vai estudar a história da arquitetura, fica mais atento aos prédios que caíram, é? A Igreja é que é opressora, ditadora. Todo mundo desce a lenha na mídia, mas, quando ela fala da Igreja, torna-se um exemplo de transparência, não é? Da mentirada a respeito da Igreja Católica ninguém quer saber. Batem no espantalho criado por vocês mesmos e depois se vangloriam em cima de um inimigo morto que, de fato, não se trata da Igreja Católica. Sabe quantos de vocês, críticos, estudaram a doutrina da Igreja? Temo que raríssimos.Veja o revisionismo a respeito da Inquisição, quando João Paulo II, em 98, chamou 40 historiadores de diversas denominações religiosas (inclusive ateus) para passar a limpo a Inquisição. O resultado é um volume de 700 páginas que "contrasta um pouquinho" das narrativas dos iluminados das cátedras de muitas universidades. Os próprios historiadores sérios já mudaram seu olhar acerca desta realidade.
      Agora, olhe para o Ocidente no qual você vive e que foi praticamente criado pela Igreja. E os orfanatos? E o ensino universitário (você estuda em universidade)? E os leprosários? E o fato e Igreja ser a maior instituição caritativa do mundo? E as irmãs que estão limpando feridas na África e ao redor do globo enquanto nós descansamos, cada qual em suas caminhas quentes? E o exemplo dos santos, em sua vida devotada às pessoas pobres e outras? São Francisco de Assis, Irmã Dulce, Madre Teresa e outros? Julgue a Igreja pelos que foram fiéis a ela, e estará falando da Igreja Católica.
      Quanto ao humor, Chico Anysio fazia piada de religião; Ariano Suassuna fez piada com padres. Viu algum chilique a respeito? Agora, vocês tem que se decidir: não podemos nos opor ao "humor" do Porta dos Fundos? Eles justificam que se trata apenas de humor (na tentativa de se eximirem de qualquer crítica), e na frase seguinte dizem que é pra "levantar discussão a respeito de certos temas"? Decidam-se. Agora, ficar mascarando críticas, ridicularizando a religião, como quando o Porchat diz no vídeo que "as pessoas acreditam em qualquer coisa (vide o contexto)", não aturaremos. O humor é livre. Porém, a liberdade não é um princípio, não é absoluta, meu amigo. Ademais, se o humor for apenas humor, e não servir de máscara à certas maldades, tudo vai bem. Mas, é assim. Como dizia Chesterton, qualquer porrete serve pra bater na Igreja. Qualquer palavra que se levante contra esses sabichões é fundamentalismo? Quem está sendo totalitário aí?
      Por fim, fiquei curioso. Pelo que sei, a religião está na base de TODAS as civilizações que conheço. Se defende uma "moral laica", é simples: fundamente-a.

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  2. “Me agrada tu Cristo, pero no tus cristianos, porque ellos no se parecen a tu Cristo”. Mahatma Gandhi

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  3. Além do mais, a Igreja fez certo em 64. Graças a Deus, o Brasil não virou uma ditadura socialista, tal como querem fazer com o país agora. O problema foi que os militares não cumpriram a promessa de fazer eleições livres em 6 meses, e ficaram 20 anos lá. Sabe quantos jornais de esquerda circulavam na época do Regime?

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  4. O mundo deve estar para acabar, mesmo!

    Só faltava agora este carinha do "Porta dos Fundos" imaginar que o cardeal responderia sua afronta ou desceria ao seu baixo nível para discutir com ele…Gregorio Duvivier

    As pessoas, realmente, estão perdendo o senso do ridículo.

    Antigamente, os imbecis davam um "fora" e se envergonhavam, voltando à sua insignificância. Hoje, eles cometem ultrajes e ainda se sentem injuriados quando confrontados. E não se limitam a isso. Querem ainda discutir e passar "pito" em pessoas com autoridade intelectual e moral sequer comparáveis com eles.

    Partindo da plataforma de sua própria ignorância enciclopédica, com um arremedo de português que ignora até mesmo o uso correto das formas de tratamento, reproduz os clichês mais estúpidos possíveis, batendo no peito como um macaco a tripudiar sobre os despojos de seu inimigo, quando apenas pula sobre o espantalho que ele mesmo criou.

    ...vê se se enxerga!".

    KSB

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  5. Nem sei porque se deram ao trabalho de responder a ele kk
    Os pensamentos desse cara são um lixinho descartável, nem precisa dizer nada

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  6. Não li o texto e talvez esteja sendo injusto com a crítica, mas não acho que nada de realmente importante e relevante possa vir de um blog intitulado "Moral Brasileira - De olhos abertos para resgatar a moral perdida". A frase é tão retrógrada que não seria defendida nem mesmo por alguns dos "integrantes" da nova e barulhenta direita brasileira - Gentili,Lobão...

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  7. Sou católico e não me senti ofendido... O maior crime de uma piada é ela ser sem graça (esse video foi muito engraçado)! É muita infantilidade da sua parte se ofender com uma besteira dessas...

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